Fechada durante anos ao mundo, em consequência da ditadura, a Guiné é agora um país diferente, mas onde a estabilidade política e social ainda está longe de ser atingida. Independente desde 1958, o país está rodeado pela Guiné-Bissau pelo Senegal, o Mali, a Costa do Marfim, a Libéria e a Serra Leoa, com a qual mantém complicadas relações. A Guiné tem ainda uma faixa costeira importante, sendo o Porto de Conacri a maior porta de saída dos produtos que sustentam a economia, nomeadamente os minérios.
São quatro as regiões em que o país se divide: a Baixa Guiné, zona da faixa costeira, a Média Guiné, uma área de terras altas com pastagens, a Alta Guiné, onde se localiza a Savana do Norte, e ainda a Guiné Florestal, marcada pela floresta húmida. Os rios Níger, Gâmbia e Senegal são os principais a atravessar este país, cuja capital é Conacri. Com cerca de dois milhões de habitantes, a capital começou por se localizar na Ilha do Tombo, até se unir à Península de Kaloum. Kaloum é precisamente o centro administrativo da cidade, sendo o distrito de Dixinn o mais vocacionado para a educação, com várias universidades. Em Ratoma encontram-se vários estabelecimentos de entretenimento e, em Matoto, o aeroporto. O Museu Nacional, o Palácio das Nações, o Palácio Presidencial, o Jardim Botânico, o Monumento do 22 de Novembro ou a Catedral de Santa Maria e a Grande Mesquita são apenas alguns locais que valem uma visita em Conacri, uma cidade agitada, onde se pode apreciar o dinamismo do povo guineense, bem como a famosa culinária, que alia sabores africanos e franceses.
Além da faixa costeira, as mais belas paisagens do país podem ser encontradas na Reserva Natural do Monte Nimba, considerado Património da UNESCO, e partilhado com a vizinha Costa do Marfim. O Monte Nimba eleva-se a 1752 m de altitude e conta com florestas densas, onde a riqueza vegetal e animal é validada pelas inúmeras espécies endémicas. Apesar da biodiversidade notável, o local está classificado como Património em Perigo, fruto da exploração de ferro e da presença de muitos refugiados. Entidades nacionais e internacionais lutam para que a instabilidade do país e a frágil economia não destruam um dos mais belos locais do país.
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