Houvesse um clima de paz instalado e terminassem os conflitos políticos, a Costa do Marfim (1960) poderia tornar-se um recanto especial da África Ocidental. Belas praias, cidades imponentes, parques naturais de grande riqueza juntam-se neste país, com saída, a Sul, para o Oceano Atlântico. É nesta zona que se encontram os principais portos, de onde saem os produtos de maior peso económico do país, como o cacau, o óleo de palma ou o açúcar, bem como as mais cobiçadas praias, rodeadas de palmeiras e coqueiros.
São Pedro, Sassandra, Grand-Laou, Assine ou Dabou são algumas das zonas mais procuradas pelos amantes das areias douradas de África e de condições propícias à prática de desportos aquáticos. É também no Sul do país que se pode visitar o Parque Nacional Taï, Património da UNESCO, que reúne um conjunto muito significativo de espécies animais e vegetais em risco de extinção. Ainda na faixa costeira, imprescindível destacar Abidjan, a antiga capital e ainda sede do Governo. Cidade mais populosa da Costa do Marfim, Abidjan situa-se junto do Golfo da Guiné e nela concentram-se vários locais que valem uma visita, como o Museu Nacional, o Museu Etnográfico, a Igreja de Santa Joana, as Mesquitas Peul e Diola, a Catedral de São Paulo e ainda a Ilha de Boulay. Dinâmica e movimentada, esta cidade é o centro cultural, administrativo e comercial do país. Ainda no Sul, encontramos ainda uma antiga capital do país, Grand-Bassam, considerada Património da Mundial da Humanidade.
No Centro, na Região dos Lagos, destaca-se a atual capital, Yamoussukro. Com uma arquitetura moderna, a cidade tem como atração principal aquela que é considerada a maior igreja cristã do mundo, a Basílica de Nossa Senhora da Paz, visitada pelo Papa João Paulo II em 1990. Apesar da grandeza arquitetónica da obra, esta foi muito criticada por se localizar no meio de uma zona florestal e onde a pobreza é bem visível. Aliás, os contrastes socioeconómicos não passam despercebidos na Costa do Marfim. A Catedral de Santo Agostinho, o Palácio Presidencial ou a Câmara são outros edifícios de relevo na capital. Ainda no Centro, destaque para o Parque Nacional Marahoué e para as várias aldeias onde a cerâmica é trabalhada de modo sublime por grupos de mulheres, como é o caso de Bouaké ou Katyola. Deslocando-nos para o Oeste do território marfinense, aparece-nos a região de Daloa-Man. A vegetação exuberante e as Pontes de Cipó de Danané, assim como os tecidos, as máscaras e as tradições enraizadas de Touba são atrativos desta zona do país. Aliás, a Costa do Marfim goza de uma grande diversidade étnica, que convive em harmonia sobretudo no Norte, região da cultura Senufo.
Várias aldeias pitorescas povoam o território e é nelas que melhor se pode conhecer a cultura de um povo, feita de múltiplas influências, origens, credos e tradições. Kong é uma região a destacar, pela presença do Parque Comoé, na zona Noroeste do país temos também a Reserva Natural do Monte Nimba, ambos estes parques naturais estão classificados como Património Mundial. Os famosos túmulos de Bondoukou e a mesquita e minas de ouro de Odienné são atrativos do Norte deste país, que vai tentando livrar-se do estigma das guerras civis, da corrupção e da criminalidade, para poder dar a conhecer ao mundo a beleza das paisagens que integra, de Norte a Sul.
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