Bélgica
Brussels
Casa dos edifícios principais da União Europeia e da NATO, a Bélgica (1839) ainda não consta na lista dos destinos turísticos mais apreciados na Europa. Apesar disso, trata-se de um país amigável, com um património rico e cidades encantadoras, que não escondem o papel que desempenharam na História do país.
No coração do velho continente, a Bélgica está dividida em duas regiões: a Flandres e a Valónia. Na primeira das regiões fala-se o holandês, na segunda o francês. A capital, Bruxelas, bilingue, é uma cidade cosmopolita e o centro das decisões europeias. Um olhar mais atento mostra-nos locais muito interessantes para visitar, nomeadamente a Praça Maior, rodeada de belos edifícios do século XIX, as Casas do arquiteto Victor Horta, pai da art nouveau ou a Casa Stoclet, uma propriedade privada do arquiteto Josef Hoffaman. Estes locais são Património da UNESCO. Destaque, ainda, os muitos museus, o Palácio e o Castelo Real, a Torre Japonesa, o Atomium, a estátua de bronze Manneken Pis Fountain, a Catedral Saint Michel, com os seus belos vidrais, além de todo o aglomerado da cidade administrativa europeia ou do pulmão da cidade, Le Bois de Chambre. Também na Flandres, destaque para Antuérpia, um importante ponto comercial, nomeadamente do comércio de diamantes. As sinuosas ruas dão um ar pitoresco à cidade, onde se pode visitar a Catedral de Notre-Damme (Património da UNESCO), a Igreja de São Paulo, a Catedral de Nossa Senhora, com obras do pintor Rubens, o edifício da Câmara ou o Grande Mercado. O porto ou a Fonte de Brabo são outros locais em destaque. Ainda em Antuérpia, destaque para o Museu Plantin-Moratus, com uma enorme coleção de material tipográfico, uma das casas gráficas mais antigas do mundo, Património da UNESCO.
Capital da Flandres Ocidental, Bruges é mais uma cidade que merece destaque. Com ar medieval, a cidade conta com inúmeros canais, cercados de pórticos e moinhos. Vários museus, catedrais e ruas típicas marcam a paisagem da cidade, com casas tipicamente da região da Flandres antiga. Chamada de Veneza do Norte, Bruges é Património da UNESCO. Com uma das mais antigas e famosas universidades da Bélgica, Ghent, capital da Flandres e considerada o centro cultural da Flandres, tem como atrativos principais as igrejas, os canais, as casas medievais, os castelos, o Campanário Belfort, símbolo da autonomia e independência da cidade, ou as muitas festividades que se realizam ao longo do ano. Classificadas como Património da UNESCO, estão as 14 Beguinarias Flamengas, espalhadas por várias cidades na Bélgica. Fundadas no século XIII, são usadas por mulheres leigas católicas que praticam uma vida ascética. Descendo até à zona francófona do país, encontramos a cidade de Liège. Atravessada pelo Rio Meuse, Liège conta com inúmeros museus, casas pitorescas e as conhecidas cristaleiras de Val Saint-Lambert. Em Hainault, têm interesse histórico os quatro elevadores hidráulicos, perto de La Louvière, considerados Património da UNESCO. O mesmo título é atribuído aos sítios mineiros de Valónia que se estendem ao longo de vários quilómetros e que testemunham a Revolução Industrial e o desenvolvimento que a ela se seguiu. Realce ainda para Namur, nas Ardenas. Com rios profundos e bosques densos, o local é dos mais pitorescos do país. A cidadela, o museu, a Catedral de Saint Auban e a estátua equestre do Rei Alberto I são os monumentos principais da cidade, capital da província com o mesmo nome.
Com uma fauna e flora bem diversificada e um património de grande riqueza, a Bélgica tem mais que motivos para ser vista não apenas como o centro das grandes decisões da União Europeia, mas também pela História que as suas cidades contam e pelo dinamismo com que vivem o presente e preparam o futuro, bem no Centro do continente europeu.
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