Território da civilização da Mesopotâmia, considerado o berço da civilização, o Iraque (1932) acabou por se tornar palco de inúmeros conflitos, civis e religiosos, que conduziram o país a uma situação caótica a vários níveis. Apesar da destruição causada pela guerra, em território iraquiano abundam vestígios de antigas civilizações, bem como marcas da presença de religiões diversas na região.
A UNESCO tem diversos vários lugares classificados como património mundial no Iraque: Assur, nas margens do Rio Tigre, uma zona geoecológica com vestígios de práticas agrícolas ao longo de séculos de evolução; a Babilónia, com ruínas de templos, palácios, torres e portas, que constitui um dos mais importantes testemunhos da Antiguidade; a Cidadela de Erbil, um importante assentamento fortificado; Hatra, uma grande cidade fortificada da primeira capital do reino árabe; a Cidade Arqueológica de Samarra, com inúmeros vestígios arquitetónicos e artísticos, onde sobressai a Grande Mesquita do século IX, com um minarete em espiral; e o refúgio de biodiversidade dos Ahwar e paisagem arqueológica das cidades mesopotâmicas do Iraque Meridional, nomeadamente as ruínas de Uruk e Ur. Bagdade é a capital deste país, cujas divisas advém em 95% do petróleo. Localizada nas margens do Rio Tigre, a capital iraquiana conta com 7,5 milhões de habitantes, tendo sido o centro dos conflitos que assolam o país, nomeadamente desde 2003 com a guerra do iraque. O Museu Nacional do Iraque, o Santuário Xiita Al Kadhimain, o Palácio Abássida, a Torre de Bagdad, a Praça da Libertação, o Monumento ao Soldado Desconhecido, o Monumento Al-Shahud e a Mesquita de Abu Hanifa constituem os principais pontos de interesse da cidade.
Najaf, com o maior e mais antigo cemitério do mundo, onde se encontra o túmulo do Califa Ali, primo de Maomé, Nassíria, com um importante museu de vestígios sumérios, assírios e babilónicos, Ur, berço da antiga residência de Abraão, são outras importantes cidades do Iraque. A estas juntam-se as cidades santas de Carbala, com duas importantes mesquitas, Al-Abbas e Imam Husayn, Samarra, com a mesquita xiita Al Askari, e nas margens do Rio Eufrates está a cidade de Kufa, com a sua Grande Mesquita do século VII. Em território Iraquiano, encontram-se também marcas do cristianismo, com destaque para as igrejas e mosteiros de Tikrit, Nineveh e Dohuk. O Curdistão, que integra partes do território iraquiano, turco, iraniano e sírio, é ainda um estado embrionário onde se destacam as cidades de Erbil e Kirkuk. Tal como acontece um pouco por todo o país, também nesta franja de território iraquiano existem vestígios do património do antigo ditador de Saddam Hussein. Os palácios e residências do antigo presidente e primeiro ministro foram saqueados e destruídos após a sua captura, em 2003, e da sua morte, em 2006.
Apesar de, após a retirada de Saddam Hussain do poder, se ter iniciado a transição do país para o sistema democrático, a verdade é que o Iraque ainda não se conseguiu reerguer ou organizar depois de décadas de conflitos armados, nomeadamente entre as milícias xiitas e sunitas, que ainda hoje assolam o país e o continuam a condenar a ser um dos mais perigosos do mundo para ser visitado, sendo que apenas a norte no Curdistão Iraquiano, se encontra uma zona mais pacífica, possível de se conhecer com relativa facilidade e segurança.
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