Encravado nos Himalaias, o Butão é um pequeno reino rodeado a Norte pela grandiosa China e a Sul pela superpopulosa Índia. Muito calmo, assente na filosofia budista e com um alto índice de felicidade, a Terra do Dragão é culturalmente rica, suscitando muita curiosidade pelo estilo de vida dos monges e da população que viveu parte da sua História num isolamento acentuado. A economia do país vive essencialmente da agricultura, da exploração florestal e da energia hidroelétrica, para além da atividade turística aliada a uma grande preocupação de sustentabilidade, o que justifica um grande controlo e a cobrança de uma elevada taxa diária aos turistas que queiram entrar no país. Trata-se do único exemplo moderno de um governo soberano com um sistema dual.
A capital e cidade mais populosa, Thimbu, foi a última a nível mundial a ter energia elétrica e é a única capital mundial a não ser servida por um aeroporto, Esta cidade encontra-se a 3000 m de altitude e tem como pontos de visita obrigatórios o Mosteiro de Tango, o Mosteiro de Cheri, o Palácio Dechenchoeling (residência do rei), o Memorial Chorten (com várias rodas de oração) o Dzong Tashicho (sede do Governo) e o Buddha Point (o maior buda sentado do mundo). A 3 h de distância, Punakha é outro ponto de paragem. Com uma vista privilegiada sobre os Himalaias, a cidade tem aquele que é considerado o mais belo Dzong do país, localizado junto ao rio, envolto em mistério e palco da coroação de todos os reis do Butão. Mais isolada, mas também cheia de recantos a conhecer, está Haa, com uma bela paisagem e dois templos de destaque em Uesu Gewog, Lhakhang Karpo e Lhakhang Nagpo, construídos por um rei tibetano no século VII que foi para o Butão com a missão de construir 108 mosteiros num só dia. Em Paro, dos locais mais visitados, podem conhecer-se o Dzong Rinpung (com mais de 200 monges) e o templo Kyichu Lhakhang, templo onde esteve muitos anos exilado Dalai Lama. O grande monumento deste local é, contudo, o Mosteiro Takshang, o Ninho do Tigre, um dos mais icónicos mosteiros do país, situado numa escarpa com 300 m de altura. Considerado dos templos mais sagrados do budismo, é habitado apenas por monges de alta patente. O Vale Glaciar de Phobjikha, as Ruínas do Dzong Drukgyel, (tentativa para Património da UNESCO), os Trilhos de Bumthang, o vilarejo de Gasa e o mais longo dzong do país, em Trongsa, são outros locais imperdíveis neste país do extremo Leste dos Himalaias, marcado também por belas paisagens verdejantes, apenas coloridas por grupos de 108 (o número sagrado do Budismo) estacas de oração em homenagem aos mortos. Os parques nacionais Royal Manas e Jigme Dorgi e os santuários de vida selvagem de Bumdeling e de Sakteng são bons exemplos da riqueza da fauna e flora do Butão.
O Butão, tal como a Tailândia, são os dois últimos reinos budistas. Místico e mágico, tem um estilo de vida associado à tranquilidade e à aceitação. O impacto da paisagem montanhosa, em plenos Himalaias, a riqueza da fauna e da flora protegidas nos vários parques naturais existentes, as tradições muito próprias, a arquitetura singular e a existência de milhares de templos e mosteiros fazem deste um destino muito apetecível.
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