Apelidado de Terra do Fogo, o Azerbaijão (1991), independente desde o colapso da União Soviética em 1991, é um país transcontinental (com território na Europa e na Ásia), localizado junto ao Grande Cáucaso. Faz fronteira com o Irão, a Rússia, a Geórgia, a Arménia e a Turquia.
Apesar de ser uma oligarquia, foi dos primeiros países muçulmanos a ter universidades e teatros, facto que impulsionou um bom desenvolvimento económico e uma baixa taxa de desemprego, que se traduzem num alto IDH. A integração de importantes rotas comerciais, a importância das matérias-primas e do seu transporte (oleodutos e gasodutos), as grandes reservas de petróleo, o bom potencial agrícola e o crescimento do turismo (com boas infraestruturas de apoio e segurança), fazem deste país um território cada vez mais modernizado e em desenvolvimento crescente. Baku, capital do país, é disso um exemplo. A cidade mais populosa do Azerbaijão junta o antigo e o moderno de forma bem atrativa. Num primeiro olhar podem observar-se construções antigas belíssimas como o Castelo Musa Nagiyev ou a Torre da Donzela, misturadas com os mais modernos e arrojados edifícios, com destaque para as Torres Chamas, o Centro Cultural Heydar Aliyev, os Portões da Cidade Velha ou o fabuloso Estádio Olímpico são outros pontos de interesse de Baku. A baía, bem como as famosas praias de Shikhovo, Amburan ou Nabran, fazem desta uma cidade atrativa, além de muito vibrante, com um enorme número de salas de espetáculo, como o teatro de ópera e ballet, o centro cultural, e locais de entretenimento, com destaque para a praça da Fonte, com bares, pubs e discotecas. A cidade de Baku, com o Palácio Shirvanshah e a Torre da Donzela são um dos três locais Património da UNESCO deste país. A influência e as marcas de variadas culturas (otomana, russa, árabe ou persa) na arquitetura dos seus edifícios fazem de Baku uma joia arquitetónica.
Na lista da UNESCO figura ainda o Centro Histórico de Sheki e o Palácio de Khan, situados junto às montanhas do Grande Cáucaso. Skehi apresenta um conjunto arquitetónico soberbo, sendo o palácio de Khans o reflexo da importância das rotas comercias que por ali passaram, nomeadamente a da seda. A Paisagem cultural de arte rupestre de Gobustán, com três zonas de uma meseta rochosa da região semidesértica e mais de 6 000 petróglifos e vestígios de povoamentos, constitui o terceiro dos Patrimónios Mundiais azeris. Destaca-se ainda no Azerbaijão o exclave de Nakichevan, entre a Arménia, o Irão e a Turquia. São 5500 km2 de um território árido e montanhoso repleto de locais de interesse e tradições lendárias. As famosas minas de sal, com destaque para a que foi transformada num sanatório, o Santuário de Iydali, a Mesquita de Ordubad e os Mausoléus Khatun Momine e Kuseir Yusuf ibn são pontos de visita obrigatórios. O mesmo se aplica ao famoso mausoléu de Noé, tido pela tradição arménia como o fundador deste território. O túmulo, datado do século VIII, é tido por muitos como um local sagrado. Diz a lenda que Noé acabou por ficar nesta terra depois de a sua arca encalhar no Monte Ararate durante o escoamento das águas do dilúvio.
O templo do fogo de Ateshgah, a montanha do fogo de Yanar Dag, os vulcões de Gobustán, o complexo arquitetónico de Fazil e o parque nacional Absheron e a fantástica cidade de Ganja (com o mausoléu Nizami, as portas antigas, a mesquita Juma ou o parque nacional Goygol) são outros locais importantes para se conhecer melhor a riqueza deste país, que une magicamente os vestígios do passado com a modernidade.
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