Trata-se da menor divisão federal da Rússia e uma das mais pobres e mais conturbadas. A Inguchétia, situada no norte do Cáucaso, sofre ainda hoje com a corrupção, a criminalidade e os efeitos do conflito com a vizinha Chechénia, nomeadamente os ataques extremistas e o grande número de refugiados.
Terra dos inguches, um povo de ascendência vainaque, a Inguchétia tem precisamente nas suas gentes e tradições a maior riqueza, a par de paisagens belíssimas, marcadas pelas montanhas serpenteadas por estradas sinuosas. Magas é a capital desta pequena república. A cidade foi construída para albergar os edifícios administrativos e substituiu Nazran em 2002. Conta apenas com cerca de 300 habitantes e tem como atrativo principal a Torre da Concordia. Já Narzan, a anterior capital, tem na Casa Museu Akhriev e no Memorial às vítimas da opressão política os principais pontos de interesse. O grande cartão postal da Inguchétia é, sem dúvida, o grande número de torres defensivas, caraterística do povo inguche. Dzheyrakhsky é, por isso, ponto de paragem obrigatório. Além das típicas torres, conta ainda com um museu, uma reserva natural e a Igreja Tkhaba-Yerdy, a maior igreja cristã medieval da Inguchétia. O Complexo de Torres em Egikal e o de Vovnushki são mais dois grupos destas construções enigmáticas que povoam as montanhas da pequena república. O Mausoléu Borga-Kashm e o Parque Natural de Erzi, com inúmeros sítios históricos e culturais também merecem destaque.
Ligados aos chechenos no passado, os inguches foram acusados de colaboração com a Alemanha nazi e, consequentemente, deportados e mortos durante e após a II Guerra Mundial. As cicatrizes deste passado conturbado e a presença de grupos extremistas fazem deste um território ainda olhado com receios por parte da comunidade internacional.