Embora já reconhecido como autónomo por alguns países, a indefinição quanto à possessão do território é grande, pelo que o Saara Ocidental ainda está longe de conseguir a concretização da autonomia em pleno. Limitado a Sul por Marrocos, a Leste pela Argélia, a Sul pela Mauritânia e a Oeste pelo Oceano Atlântico, este território tem sido disputado por Marrocos e pela Frente Polisário. Os saarauís, habitantes da região, foram obrigados a dirigir-se para campos de refugiados, alguns na vizinha na Argélia, onde está o governo que tutela a República Árabe Saaraui Democrática nome dado a este território.
Região árida, quase desértica, o Saara Ocidental integra o maior deserto quente do mundo e apenas alguns oásis dispersos, possuindo, contudo, enormes jazidas de fosfatos, urânio e ferro. Têm sido violentos os confrontos pela possessão do território, que possui uma das maiores reservas pesqueiras do mundo. A maior parte do território é dominada pelo estado marroquino, estando uma pequena faixa, mais interior, a cargo do governo exilado na Argélia, onde se encontram também alguns campos de refugiados. A dividir as duas possessões está um enorme muro em areia e pedra, com bunkers e campos minados. Saguia el Hamra, Río de Oro e as Províncias Meridionais são as principais zonas disputadas pelas forças opositoras. Longe de atingir a paz, a região conta com alguns vilarejos fantasma, abandonados depois dos conflitos entre as duas partes, como é o caso de Tifariti. A capital desta região é El Aiune, situada num oásis e que conta apenas com uma pequena minoria saarauí, sendo dominada por Marrocos. Outras cidades importantes dentro do Saara Ocidental são Dakhla, com uma bela praia, escolhida pelos amantes dos desportos aquáticos, Bir Gandús, o vilarejo onde se controlam as entradas e saídas da Mauritânia, Bu Craa, um dos locais onde se encontram as maiores jazidas de minérios do Saara Ocidental, Guelta Zemmur, um local em torno de um oásis, onde acampam saarauís nómadas ou Semara, onde se encontram mesquitas, ruínas e vários locais com pinturas rupestres que contam a história da região ao longo de milénios. Outro local localizado no Saara Ocidental é também um importante sítio na História de Portugal. Trata-se do Cabo Bojador, dobrado por Gil Eanes, em 1434. A cidade, com uma bela saída para o mar, é também um dos locais mais bonitos da região, até pelo passado histórico que incorpora. Hagunía, Tíchla ou Imilili são outras cidades e vilas em destaque no território.
Atravessado pelo Trópico de Câncer, o Saara Ocidental não é rico em fauna e flora mas, de qualquer modo, há algumas espécies em destaque, como as acácias e os arbustos nos lagos temporários, no caso da flora, e dos antílopes, das lebres e das raposas-do-deserto, no que diz respeito à fauna. Esta zona desértica é, efetivamente, um local perigoso onde os conflitos ainda acontecem, pelo que as passagens pelo Saara Ocidental não são aconselhadas.
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