A Guiné Equatorial, também conhecida como Guiné Espanhola, é constituída por vários territórios descontínuos: um continental, Rio Muni, e vários territórios insulares, como a Ilha Bioko e a Ilha Ano-Bom. Descoberta pelos navegadores portugueses, aquando da procura da rota marítima para a Índia, a Guiné Equatorial foi tutelada por portugueses até Março de 1778, passando então para os espanhóis, tendo assumido a sua independência em 1968. Em tempos considerado um dos grandes produtores de petróleo de África, o país tem vindo a atravessar um período de dificuldades a nível político. Mantém-se como um dos territórios com desigualdades mais acentuadas e onde os direitos humanos são menos respeitados.
A formosa Bioko acolhe uma cadeia vulcânica extensa, que vai desde o Pico Basilé até ao Vulcão San Carlos. Além dos vulcões extintos, várias clareiras e lagos pintam esta Ilha, onde está localizada a capital do país, Malabo. Com belos edifícios coloniais, a cidade tem a particularidade de se situar entre o oceano e as montanhas. O Palácio Presidencial, a Casa de Espanha, a Casa Colonial, a Bahia do Porto, o Centro Cultural e a Catedral de Santa Isabel, são alguns pontos turísticos da cidade, cujos bairros também merecem uma visita, nomeadamente Os Anjos e Ela Ngema. Na parte Sul da Ilha, as praias de areia branca são o grande atrativo. Luba, com as suas praias virgens são também um bom ponto de paragem. No território continental, destacam-se os muitos quilómetros de praias envolvidas em selvas exuberantes, onde a riqueza da fauna e da flora é bem visível. Destaque aqui para a cidade costeira de Bata, com ruas amplas e novas e apetrechada de vários espaços de diversão, como os famosos mercados e bares. A Praça do Relógio, o Mercado Central e o Bairro Comandachina são locais interessantes da mais populosa cidade do país. O Parque Natural Monte Alen, os Montes Mitra e as Ilhas Elobey, com as suas gentes simpáticas, são mais alguns lugares com interesse num país que alberga grande diversidade natural. Implantada na província de Djibloho, está a ser construída de raiz a nova capital, Cidade da Paz. Idealizada pelo Presidente - Teodoro Mbasogo, o conceito arquitetónico pretende salvaguardar a morfologia do local através da preservação ambiental, totalmente dependente de energias renováveis e sustentáveis, uma das principais características da futura cidade.
Em poucos quilómetros, encontramos praias, montanhas, vulcões, florestas riquíssimas em biodiversidade. Por outro lado, também existem grandes estruturas de betão, como palácios, centros de congressos, estradas e aerogares, ainda que estejam todos ao abandono. O mesmo acontece às diversas infraestruturas de apoio ao turismo, hoje pouco frequentadas, dadas as dificuldades que os visitantes encontram, nomeadamente os controlos de segurança nas estradas e a sentida repressão policial. Apesar destes condicionalismos, a Guiné Espanhola mantém a sua aposta na atividade turística.
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