O Tajiquistão (1991) não tem qualquer contato com o mar e é a menor nação da Ásia Central em termos de área. O seu relevo é montanhoso e encontram-se no país muitas cordilheiras. A maioria da população pertence ao grupo étnico tajique e partilha sua cultura e história com o Afeganistão e falam persa. Embora tenha mergulhado numa guerra civil logo após a independência, com a dissolução da União Soviética, o Tajiquistão conseguiu reerguer-se e deixar o posto de país mais pobre da Ásia Central. A extinção dos grupos radicais veio também trazer tranquilidade social ao território, permitindo um crescimento económico mais notório.
Duchambé (antiga Stalinabad na época da URSS) é a capital do país. O seu nome significa segunda-feira, numa alusão ao mercado que se realizava sempre nesse dia da semana e que tinha como produtos essenciais o algodão e a seda. O Museu Nacional, o Palácio Vahdat, as ruínas da Sinagoga, o Parque Rudaki, a Estátua de Ismail Somoni, o Parque Vitória, o Palácio da Nação e a Avenida Rudaki, ladeada por edifícios com fachadas tipicamente soviéticas, são alguns dos atrativos da cidade, conhecida ainda pelo movimentado Bazar Barakat. Nas proximidades da capital, há dois locais a visitar: o Forte Hissar e o Lago Nurek, que surgiu da construção da segunda maior barragem do mundo e que tem a particularidade de ter casas flutuantes nas suas margens. Khujand é a segunda maior cidade do Tajiquistão e tem como pontos de visita obrigatórios a Estátua a Lenine, o Bazar Panchshanbe, e a Mesquita do Sheikh Moslihaddin. Nas proximidades, encontra-se Istarawshan, com várias mesquitas de estilo Samarcanda, com as típicas paredes de tijolo e as cúpulas em azulejo turquesa. Esta cidade foi um ponto importante na antiga Rota da Seda, e é outra pérola do país. Embora mais isolada, também Khorog merece uma paragem numa viagem pelo país. Ponto de partida para uma visita às montanhas, a cidade tem como atrativos principais o Parque Central, o Jardim Botânico Pamir e o Monumento ao Primeiro Camião a chegar à cidade, além de vários mercados bem agitados. Destaque para os locais classificados pela UNESCO neste país: o Parque Nacional Tajik - Montanhas de Pamir, com 2,5 milhões de hectares (11% do território do Tajiquistão) marcados pela riqueza da flora, e Sarazm, o começo da terra, um sítio arqueológico com vestígios de assentamentos sedentários da Ásia Central. A Estrada do Pamir, entre os mais altos picos do país, e o Lago Iskanderkul são duas importantes atrações turísticas. Com 3,4 km2 e 72 m de profundidade, este lago deve o seu nome a Alexandre, o Grande que, segundo a lenda, acampou nas suas margens. Envolto em mitos, o lago é um verdadeiro espelho azul que sobressai no ocre das montanhas, fazendo desta a paisagem mais bonita do país.
Os lagos Alauddin, Karakul e Zorkul são mais três joias naturais deste país asiático, cujas gentes não revelam qualquer animosidade com os russos. Pelo contrário, neste, como noutros países resultantes da dissolução da União Soviética, existe um clima amistoso para com a Rússia.
Ver fotos - Ásia