Ponto de passagem e permanência de vários povos, com tradições e culturas bem diferentes, a Mongólia, independente desde 1921, localiza-se na Ásia Oriental e Central. Com relações estreitas, mas conflituosas, com as vizinhas China e Rússia, este é um país que ainda vive da atividade agro-pastoril, com uma economia frágil e um índice de pobreza acentuada.
Ulan Bator - herói vermelho, detém o recorde de ser a capital mais fria do mundo. Aqui vive 38% da população do país. Apesar do clima agreste, as gentes da Mongólia são hospitaleiras e calorosas com o ainda diminuto número de visitantes, embora haja um grande esforço para o desenvolvimento da atividade turística. O Mosteiro de Gandantegahinlin, a Estátua de Genghis Khan (fundador do Império Mongol é a figura mais venerada do país), a Estátua de Buda, o Palácio de Inverno de Bogd Khan, o Museu de História Natural, a Praça Sukhbaatar, o Museu Nacional de História da Mongólia, o Teatro Nacional ou o Memorial Saizan são alguns dos locais de interesse na capital deste país. A rodear a capital da Mongólia estão os chamados quatro picos sagrados, Tsetseegum, Chingeltei, Songino Khairkhan e Bayansurkh, excelentes locais para admirar a cidade ou fazer caminhadas, montanhismo e escalada.
A geografia da Mongólia é muito heterogénea. Há planaltos, cadeias montanhosas (sendo o ponto mais alto Tavan Bogd, com 4373 m de altitude e, ainda, uma vasta extensão do Deserto de Gobi, que atravessa o país de Este a Sul. As bacias e os vales também integram a paisagem mongol, que conta com cerca de 3000 lagos. Também há vários parques que valem a pena visitar, dos quais se destacam o Gorkhi-Terelj, o Gobi Gurvansaikhan ou o Khustain Nuruu. O Deserto do Gobi, uma das riquezas deste país, é imperdível: fósseis de dinossauros, belas dunas, formações rochosas, gazelas, leopardos, camelos do deserto ou os yurts, típicas habitações dos povos nómadas. A história da Mongólia, ao longo de séculos, pode também ser conhecida numa visita aos Complexos Petróglifos do Altai Mongol, um conjunto de pinturas rupestres e monumentos funerários. Este importante contributo para o conhecimento das comunidades pré-históricas da Ásia valeram ao local o título de Património da UNESCO em 2011. O mesmo reconhecimento foi atribuído em 2004 à Paisagem Cultural do Vale de Orkhon, a 360 km da capital. Ao longo do rio também pode ser apreciada a evolução da tradição nómada pastoril, através de várias estupas, ruínas e monumentos, como os memoriais turcos (com inscrições milenares), ruínas de palácios e castelos. Na lista da UNESCO figura mais um local, a Bacia de Uvs Nuur, o maior lago do país, com uma área de 3350 km2. Trata-se de um lago pouco profundo e muito salgado, sendo o último vestígio de um imenso mar salgado. Existem neste país diversos outros locais que também merecem destaque: Ölgiy, com uma bela mesquita de cúpula azul, Tsetserleg, com um grande mercado e um mosteiro imponente, Mörön, com mosteiros, memoriais, e uma estátua de Buda, Erdenet, onde se pode admirar o mercado, casas tradicionais, estátuas e o Monumento da Fraternidade, Ulaangom (a 120 km da fronteira com a Rússia), com vários monumentos do Comunismo, Kharkhorin, e as suas famosas ruínas ou Khovd, com os Montes Altai.
Juntamos as cidades a locais recônditos, onde a mão humana parece ainda não ter tocado, animais que passeiam livremente pela paisagem e casas tradicionais onde é fácil ser convidado a entrar e aprender mais sobre a tradição nómada, monumentos budistas e belos locais de homenagem ao fundador do Império Mongol. É aqui que se realiza o famoso Festival Naadam, o maior e mais popular festival tradicional dos nómadas mongóis. Originalmente era um festival religioso, atualmente comemora a data de independência do país. De tudo isto vive a Mongólia, um país cheio de histórias e gentes com clara vontade para as contar.
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